terça-feira, 26 de abril de 2016

Cultura Indígena- Artesanato

  Datada de antes da chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, e que se mantém viva até os dias atuais, a arte indígena é um patrimônio sócio-cultural de um povo que viveu a raiz do Brasil, que sobreviveu e fez sua arte daquilo que compõe cada hectar de terra brasileira, com o uso das penas das aves que aqui voavam, das plantas para extrair as tintas e da terra para produzir as belas peças de cerâmica. Apreciar uma peça de arte indígena é apreciar uma pequena parte do Brasil moldada em um utensílio do povo que se originou nesse vasto país.
  
Para o índio, fazer arte é praticar, exercitar e experimentar o espírito coletivo. Na sua concepção, o artesanato é fundamentado na coletividade e na união das pessoas em torno de algo que lhes dá prazer.
No entanto, o artesanato indígena no Brasil não se deu de uma hora para outra, foi se desenvolvendo ao longo dos anos a partir dos acontecimentos diários e dos ritos cerimoniais. Os objetos, as pinturas, os enfeites foram fabricados e introduzidos em suas vidas conforme a necessidade do dia a dia, seja no momento da espiritualidade ou no próprio trabalho doméstico. Dessa forma, cada tribo tinha o seu estilo único e particular para ampliar a sua arte, tornando-a diferente das demais.

A utilidade da arte indígena é um diferencial para a arte contemporânea. Percebe-se que, ao especificar os tipos de objetos produzidos pelos indígenas, veem-se semelhanças em todos: cada um tinha uma função . Não eram simples peças com o intuito de decorar ou de expressão sentimental. Tinham, claro, tal função, porém com a característica diferenciada de ser utilizada no dia a dia dos indígenas.

Muitos historiadores empacam em definir arte indígena, pois é muito mais do que uma arte, é uma utilidade. Confunde-se muito arte indígena e artefato indígena pelo fato da utilização do produto final, após pintura e molde dos jarros e trançado das cesteiras. A principal diferença é o foco na utilização dos objetos em relação à arte contemporânea.

Penas, tinta, palha e argila. Quatro dos materiais mais utilizados pelos indígenas nas confecções de seus utensílios que se tornaram arte. A pena de aves silvestres, as tintas oriundas do extrato de plantas nativas, a palha vinda da selva e a argila vinda direto do chão pisado pelos índios durante suas peregrinações pela terra. A arte indígena vem da selva, diretamente da selva e representa a selva em 
fisíca e essência.

Fontes utilizadas:
http://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/artesanato-indigena-no-brasil/
http://www.resumoescolar.com.br/artes/arte-indigena/


Cultura Indígena- Vestuário

As vestimentas foram introduzidas aos costumes indígenas pelo colonizador português. A partir do contato com a chamada ‘’civilização’’, os índios foram adotando a roupa dos homens das cidades.

Atualmente, o vestuário dos índios está relacionado com o clima, a natureza seus ritos e festas. Há tribos que, mesmo tendo adotado o uso de roupas, seus comportamentos ficam nus em solenidades especiais.

Por ser o Brasil um país tropical de clima quente, a maioria dos índios usa pouca roupa na maior parte do tempo. Algumas tribos, que estão na fronteira brasileira mais próximas das correntes originárias da cordilheira dos Andes, usam uma espécie de bata a cushmã, tecida pelas índias, no períodos mais frios.

As vestimentas mais comuns aos índios brasileiros ‘’não civilizados’’ ou com pouco contato com a sociedade são a tanga, o saiote ou os cintos que lhes cobrem o sexo, feitos de penas de animais, folhas de palmas, entrecasca de árvores, sementes ou miçangas.






Fontes utilizadas:
http://clubedexadrezsantoantoniodejesusbahia.blogspot.com.br/2009_12_01_archive.html
http://www.blogadao.com/costumes-coisas-herdamos-indigenas/
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php/option

Cultura Indígena- Agricultura


Os índios empenham esforços no preparo e plantio da terra, no cultivo e na colheita.
  A derrubada e a queimada da mata são processos habituais para a limpeza das áreas destinadas ao cultivo da lavoura. Da limpeza só os homens tomam parte. Antes do contato com os civilizadores, as árvores mais grossas eram derrubadas com fogueiras, perfurando-se o solo à sua volta com a ajuda de paus pontudos ou bastões de cavar. Hoje, já são utilizados instrumentos de ferro, tais como machados, facões e enxadas.


  Após a derrubada, os índios atiram fogo aos troncos e aos garranchos que estão próximos. Sobre as cinzas e entre os troncos derrubados se inicia o plantio.

 Algumas tribos têm roças razoavelmente grandes e outras, plantações bem pequenas. Plantam favas, arroz, feijão, diferentes espécies de milho etc. Cultivam também a banana-da-terra (banana de fritar), a abóbora e a melancia.






Fontes utilizadas:
http://indigena-grupo.blogspot.ae/2010/08/agricultura-indigena.html?m=1
https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl





Cultura Indígena- Moradia

Tipos de habitações indígenas

Oca

É uma a mais comum habitação indígena, principalmente entre os índios da família tupi-guarani. Consiste em uma grande cabana, feita com troncos de árvores e cobertas com palha ou tranco de palmeira. Na oca, podem viver várias famílias de uma mesma tribo.

 Conhecendo uma oca:
Oca é uma habitação típica dos povos indígenas. A palavra tem sua origem na família linguística tupi-guarani.

 As ocas são construídas coletivamente, ou seja, com a participação de vários integrantes da tribo. São grandes, podendo chegar até 40 metros de comprimento. Seu tamanho é justificado, pois várias famílias de índios habitam uma mesma oca.Internamente este tipo de habitação não possui divisões. São instaladas na parte interna da oca diversas redes, que os índios usam para dormir. A estrutura das ocas são bastante resistente, pois elas são construídas com a utilização de taquaras e troncos de árvores.

 A cobertura é feita de folhas de palmeiras ou palha. Uma oca pode durar mais de 20 anos.

As ocas não possuem janelas, porém, a ventilação ocorre através portas e dos frizos entre as taquaras da parede. Costumam apresentar de uma a três portas apenas.

 Curiosidade: 

 - Uma oca de tamanho grande pode levar de 10 a 15 dias para ser construída, com o trabalho de 20 a 30 índios.

Maloca

Tipo de cabana comunitária usada pelos indígenas da região amazônica (principalmente do Brasil e Colômbia). Cada tribo desta região possui este tipo de habitação com características específicas.

 Taba
Habitação indígena menor que a oca. Também de origem tupi-guarani, é um termo mais usado pelas tribos da Amazônia. Nesta região também serve para designar aldeamento indígena.

 Tapera
Em tupi, a palavra tapera significa "aldeia extinta". Portanto, uma tapera é um conjunto de habitações indígenas que foi abandonado pelos índios que ali viviam. A tapera geralmente encontra-se em ruínas e ocupada por mato.

 Opy
É uma espécie de casa de rezas dos índios. Servem também para a realização de festas religiosas e rituais sagrados.

Fontes utilizadas: 
http://www.suapesquisa.com/indios/habitacoes_indigenas.htm
http://www.dicionariotupiguarani.com.br/dicionario/oca/
http://locationcolombia.com/?locationes=4169&lang=en

Cultura indígena- Organização Política

A estrutura familiar do grupo em nada difere à encontrada entre as populações rurais pauperizadas. A família se constitui de pai e mãe e filhos menores, havendo unidades em que o pai é ausente.

A liderança da aldeia está dividida entre "cacique" e "pajé", estrutura, ao que parece, introduzida pelo primeiro chefe do Posto Indígena. Este também teria acrescentado, aos sobrenomes portugueses de longa data adotados pelos índios, outros que considerou de origem indígena. Assim temos Suíra, Taré, Nindé, Piragibe... anexados a Queirós, Santiago, Pires...

Com o tempo, os cargos foram legitimados e atualmente o pajé e o cacique são escolhidos no Ouricuri, quando não há uma interferência mais direta do órgão tutelar. Há ainda um Conselho formado pelos mais velhos. A essas autoridades "tradicionais" passa a se opor, quando dos preparativos da invasão da Fazenda Modelo e depois dela, um grupo que se autodenomina "liderança" e que se considera mais apto a lidar com as novas estruturas de poder da região.

Na condição de integrados, os Kariri-Xocó participam intensamente do cotidiano da sociedade local, como representantes das camadas mais pobres. Como acontece entre estas, fazem uso do clientelismo e do compadrio como formas de lidar com a ordem estabelecida. O compadrio ajuda a resolver problemas de saúde, obtenção de empregos, vaga na escola. O clientelismo se faz presente sobretudo na política local. Os índios, apesar de tutelados, podem votar e ser votados (Resolução 7.019/66 do TSE). Em 1983 havia um índio vereador na câmara municipal de Porto Real do Colégio.

Os índios nascem e morrem dentro dos rituais da igreja católica. As crianças costumam ser batizadas e registradas. São enterrados no cemitério local dentro do mesmo esquema reservado para os pobres em geral. No que se refere ao casamento, as pessoas devem casar no civil e no religioso. O casamento com não-índios se dá quase sempre por "fuga", com o roubo da noiva. A fuga resolve sobretudo as divergências decorrentes do fato de um dos dois ser índio, pois a "honra" da moça, a ser preservada, exige que se realize o casamento civil, não mais na igreja, que exigiria casar "de véu e grinalda."

Fonte utilizada:
http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kariri-xoko/679

Cultura indígena- Organização social

-www.google.com

 Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

   A formação social era bastante simples, as aldeias não tinham grandes concentrações populacionais e as atividades eram exercidas de forma coletiva. O índio que caçasse ou pescasse mais, dividia seu alimento com os outros. A coletividade era uma característica marcante entre os índios. Suas cabanas eram divididas entre vários casais e seus filhos, como não havia classes sociais, até mesmo o chefe da tribo dividia sua cabana.

   Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.

   A educação indígena é bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprendem desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão
treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o "índiozinho" junto para que este
aprenda. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo
indígena. Quando atinge por volta dos 13 e 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

  Com a chegada dos portugueses ao Brasil, as coisas se tornaram muito prejudiciais aos
povos indígenas. Interessados nas terras, os portugueses usaram a violência contra os índios.
Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para
dizimar tribos e tomar as terras. Esse comportamento violento seguiu-se por séculos, resultando
no pequeno número de índios que temos hoje.

  A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e também sua identidade.


Fontes utilizadas:
 http://www.sohistoria.com.br/ef2/indios/p1.php
 http://www.indiosonline.net/a_organizacao_social_dos_indios/

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cultura indígena- Alimentação

  A alimentação dos Índios do Brasil compunha-se basicamente de farinha de mandioca, peixe, mariscos, carne, frutas e legumes. Conheciam-se os temperos e a fermentação de bebidas alcoólicas.
A mulher era a responsável pela colheita e preparação das refeições e bebidas, além do trabalho natural de dar a luz e cuidar das crianças. Já o papel do homem era preparar a terra para o cultivo, construir as ocas e sair para a caça.

PEIXES
A pesca, de peixes, moluscos e crustáceos, era realizada com arco a pequenas distâncias, sem haver uma espécie mais apreciada que outras. Os maiores eram assados ou moqueados (ou seja, secados ou assados) e os menores cozidos, sendo o caldo utilizado para fazer pirão. Por vezes, secavam os peixes e socavam-nos até fazer uma farinha que podia ser transportada durante viagens e caçadas.

MANDIOCA

Também conhecida como aipim ou macaxeira, ela é a base da alimentação indígena, predominando o cultivo da mandioca-brava, assim chamada porque essa espécie possui um veneno mortal. Para retirá-lo, há dois processos: ou deixam a mandioca, depois de descascada, dentro da água até apodrecer, para depois socá-la; ou, depois de lavada, colocam-na na esteira de buriti, onde será ralada e espremida para que seja eliminado o sumo venenoso.
A Paçoca, diferentemente de como a conhecemos hoje, era produzida com carne e farinha de mandioca, pilando-se os ingredientes. Posteriormente tornou-se um doce, adaptado com castanhas de caju, amendoins e açúcar no lugar da carne.
Com a mandioca ainda eram preparados a Tapioca (espécie de pão fino feito com fécula de mandioca), o Pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe) e o Beiju (espécie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina).
Para se fazer o Beiju, esse pão era umedecido, esfarinhado em panela circular e levado ao fogo. Era um alimento de toda hora, pois os índios não têm horários marcados para suas refeições. Comiam quando sentiam fome. Eles o ingeriam sozinho ou recheado com peixe cozido.
O Mingau era feito desmanchando-se, com pancadas de um pedaço de pau, o pão seco em farinha. Esta era levada ao fogo, numa panela com água, e transformada num caldo que era ingerido durante o dia, em substituição à água.

CARNE VERMELHA
A carne de caça era um alimento secundário, sendo ingerida assada, e sua obtenção atribuída às tribos centrais. Na Amazônia, comiam-se ainda cobras, lagartos, jacarés e todos os tipos de quelônios e seus ovos, preparados de formas diversas.

MILHO
O milho, muito usado nas tribos tupis, era consumido em forma de mingau, assado, cozido ou consumido na forma do cauim, um tipo de bebida fermentada.
A canjica era uma pasta de milho puro até receber o leite, o açúcar e a canela dos portugueses ganhando adaptações de acordo com o preparo, como o mungunzá, nome africano para o milho cozido com leite, e o curau, feito com milho mais grosso. A pamonha era um bolo mais grosso de milho ou arroz envolvido em folhas de bananeira.
A pipoca, aperitivo tão comum e adorado pelos brasileiros, também tem origem indígena.
O consumo de milho pode ser feito na sua forma natural, em cereais matinais, mingaus, tortas, canjica, cuscuz, polenta, pamonha e pipoca.
Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotóxicos ou de outros produtos químicos. A alimentação indígena é saudável e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes.
Somada a uma intensa atividade física, a alimentação indígena proporciona aos integrantes da tribo uma vida saudável. Logo, podemos observar nas aldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivíduos fortes, saudáveis e felizes. Obesidade, estresse, depressão e outros males encontrados facilmente nas grandes cidades passam longe das tribos.

Fonte utilizada:
http://www.gruponaturaldaterra.com.br/index.php/o-descobrimento-da-gastronomia-indigena/#.Vx5gJxnJ3qD