segunda-feira, 25 de abril de 2016

Cultura indígena- Alimentação

  A alimentação dos Índios do Brasil compunha-se basicamente de farinha de mandioca, peixe, mariscos, carne, frutas e legumes. Conheciam-se os temperos e a fermentação de bebidas alcoólicas.
A mulher era a responsável pela colheita e preparação das refeições e bebidas, além do trabalho natural de dar a luz e cuidar das crianças. Já o papel do homem era preparar a terra para o cultivo, construir as ocas e sair para a caça.

PEIXES
A pesca, de peixes, moluscos e crustáceos, era realizada com arco a pequenas distâncias, sem haver uma espécie mais apreciada que outras. Os maiores eram assados ou moqueados (ou seja, secados ou assados) e os menores cozidos, sendo o caldo utilizado para fazer pirão. Por vezes, secavam os peixes e socavam-nos até fazer uma farinha que podia ser transportada durante viagens e caçadas.

MANDIOCA

Também conhecida como aipim ou macaxeira, ela é a base da alimentação indígena, predominando o cultivo da mandioca-brava, assim chamada porque essa espécie possui um veneno mortal. Para retirá-lo, há dois processos: ou deixam a mandioca, depois de descascada, dentro da água até apodrecer, para depois socá-la; ou, depois de lavada, colocam-na na esteira de buriti, onde será ralada e espremida para que seja eliminado o sumo venenoso.
A Paçoca, diferentemente de como a conhecemos hoje, era produzida com carne e farinha de mandioca, pilando-se os ingredientes. Posteriormente tornou-se um doce, adaptado com castanhas de caju, amendoins e açúcar no lugar da carne.
Com a mandioca ainda eram preparados a Tapioca (espécie de pão fino feito com fécula de mandioca), o Pirão (caldo grosso feito de farinha de mandioca e caldo de peixe) e o Beiju (espécie de bolo de formato enrolado feito com massa de farinha de mandioca fina).
Para se fazer o Beiju, esse pão era umedecido, esfarinhado em panela circular e levado ao fogo. Era um alimento de toda hora, pois os índios não têm horários marcados para suas refeições. Comiam quando sentiam fome. Eles o ingeriam sozinho ou recheado com peixe cozido.
O Mingau era feito desmanchando-se, com pancadas de um pedaço de pau, o pão seco em farinha. Esta era levada ao fogo, numa panela com água, e transformada num caldo que era ingerido durante o dia, em substituição à água.

CARNE VERMELHA
A carne de caça era um alimento secundário, sendo ingerida assada, e sua obtenção atribuída às tribos centrais. Na Amazônia, comiam-se ainda cobras, lagartos, jacarés e todos os tipos de quelônios e seus ovos, preparados de formas diversas.

MILHO
O milho, muito usado nas tribos tupis, era consumido em forma de mingau, assado, cozido ou consumido na forma do cauim, um tipo de bebida fermentada.
A canjica era uma pasta de milho puro até receber o leite, o açúcar e a canela dos portugueses ganhando adaptações de acordo com o preparo, como o mungunzá, nome africano para o milho cozido com leite, e o curau, feito com milho mais grosso. A pamonha era um bolo mais grosso de milho ou arroz envolvido em folhas de bananeira.
A pipoca, aperitivo tão comum e adorado pelos brasileiros, também tem origem indígena.
O consumo de milho pode ser feito na sua forma natural, em cereais matinais, mingaus, tortas, canjica, cuscuz, polenta, pamonha e pipoca.
Podemos dizer que a alimentação indígena é natural, pois eles consomem alimentos retirados diretamente da natureza. Desta forma, conseguem obter alimentos isentos de agrotóxicos ou de outros produtos químicos. A alimentação indígena é saudável e rica em vitaminas, sais minerais e outros nutrientes.
Somada a uma intensa atividade física, a alimentação indígena proporciona aos integrantes da tribo uma vida saudável. Logo, podemos observar nas aldeias isoladas (sem contatos com o homem branco), indivíduos fortes, saudáveis e felizes. Obesidade, estresse, depressão e outros males encontrados facilmente nas grandes cidades passam longe das tribos.

Fonte utilizada:
http://www.gruponaturaldaterra.com.br/index.php/o-descobrimento-da-gastronomia-indigena/#.Vx5gJxnJ3qD

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